Nova Iorque
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FONTE:https://pt.wikipedia.org/wiki/Nova_Iorque
Nova Iorque ou Nova York (em inglês: New York), é a cidade mais populosa dos Estados Unidos[3] e o centro da Região Metropolitana de Nova Iorque, uma das áreas metropolitanas mais populosas do mundo.[4][5][6] É também a terceira cidade mais populosa da América, atrás de São Paulo e Cidade do México. A cidade exerce um impacto significativo sobre o comércio, finanças, mídia, arte, moda, pesquisa, tecnologia, educação e entretenimento de todo o planeta. Nova Iorque abriga a sede da Organização das Nações Unidas (ONU),[7] sendo um importante centro para assuntos internacionais e amplamente considerada como a capital cultural do mundo.[8][9][10][11][12] A cidade também é referida como Cidade de Nova Iorque[13] (em inglês: New York City) para distingui-la do estado de Nova Iorque, do qual faz parte.[14]
Localizada em um dos maiores portos naturais do mundo,[15] a cidade é composta por cinco boroughs: Bronx, Brooklyn, Manhattan, Queens e Staten Island.[16] Com uma população que, de acordo com o Censo dos Estados Unidos de 2010, atinge 8.175.133 habitantes, distribuídos numa área de terra de apenas 784 km².[17][18] Nova Iorque é a grande cidade mais densamente povoada dos Estados Unidos[19] e a segunda localidade mais densamente povoada do estado de Nova Iorque. Com cerca de 800 idiomas diferentes falados em seu território, Nova Iorque é a cidade com a maior diversidade linguística do mundo.[20] A população da Região Metropolitana de Nova Iorque é a maior dos Estados Unidos, estimada em cerca de 18,9 milhões de pessoas distribuídas em cerca de 17.400 km².[21][22]
Nova Iorque tem suas raízes na sua fundação em 1624 como um posto de comércio por colonos neerlandeses, sendo nomeada Nova Amsterdã, em 1626.[23] A cidade e seus arredores foram tomadas pelo Reino da Inglaterra em 1664,[24][25] passando a fazer parte do Império Britânico, e sendo seu nome alterado para Nova Iorque, depois que o Rei Carlos II da Inglaterra concedeu as terras para seu irmão, o então Duque de Iorque (futuro Rei Jaime II da Inglaterra).[26][27] Nova Iorque serviu como a capital dos Estados Unidos de 1785 até 1790,[28] sendo a maior cidade do país desde 1790.[29] A Estátua da Liberdade recebeu milhões de imigrantes que vieram para a América de navio no final do século XIX e início do século XX.[30]
Muitos distritos e pontos turísticos de Nova Iorque se tornaram bem conhecidos graças aos seus quase 50 milhões de visitantes anuais.[31] A Times Square, batizada de "a encruzilhada do mundo",[32][33][34][35] é a região iluminada onde se concentram os famosos teatros da Broadway,[36] sendo um dos cruzamentos de pedestres mais movimentados do mundo[37] e um importante centro da indústria do entretenimento mundial.[38] A cidade abriga algumas das pontes, arranha-céus[39] e parques de maior renome no mundo. O distrito financeiro de Nova Iorque, ancorado por Wall Street em Lower Manhattan, atua como um dos maiores centros financeiros do mundo,[40][41][42][43][44][45][46] e é o lar da Bolsa de Valores de Nova Iorque, a maior bolsa de valores do planeta pelo total de capitalização de mercado de suas empresas listadas.[47] O mercado imobiliário de Manhattan está entre os mais valorizados e caros do mundo.[48] A Chinatown de Manhattan incorpora a maior concentração de chineses do Ocidente.[49] Ao contrário da maioria dos sistemas de metrô do mundo, o Metropolitano de Nova Iorque é projetado para fornecer o serviço 24 horas por dia, 7 dias por semana.[50] Inúmeros colégios e universidades estão localizados na cidade, incluindo a Universidade de Colúmbia, a Universidade de Nova Iorque e a Universidade Rockefeller, que estão classificadas entre as 100 melhores do mundo.[5
História

Os primeiros moradores de Nova Iorque foram 23 judeus de origem portuguesa que chegaram em 7 de setembro de 1654 na Nova Amsterdã, um entreposto da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, fugindo da Inquisição no Recife.[58][59]Das 16 naus que partiram às pressas do Recife, uma foi saqueada na Jamaica e 23 judeus viajaram até a ilha de Manhattan, sem bens, onde estabeleceram residência e trabalharam no comércio.[60]
Em 1664, a cidade foi entregue para os ingleses e rebatizada para "New York" (Nova Iorque) pelo Duque de York e Albany.[61] No final da Guerra Anglo-Holandesa, os holandeses ganharam o controle da ilha de Run (então um ativo muito mais valioso) em troca do controle inglês sob Nova Amsterdã (Nova Iorque), na América do Norte. Várias guerras intertribais entre os nativos americanos e algumas epidemias ocasionadas pela chegada dos europeus provocaram perdas consideráveis para a população lenape entre os anos de 1660 e 1670.[62] Em 1700, a população lenape tinha diminuído para apenas 200 membros.[63] Em 1702, a cidade perdeu 10% de sua população para a febre amarela.[64] Nova Iorque sofreu nada menos que sete importantes epidemias de febre amarela no período ente 1702 e 1800.[65]
Nova Iorque cresceu em importância como porto comercial enquanto esteve sob o domínio britânico. A cidade sediou o influente julgamento de John Peter Zenger em 1735, ajudando a estabelecer a liberdade de imprensa na América do Norte. Em 1754, a Universidade de Colúmbia foi fundada em navios fretados por Jorge II da Grã-Bretanha como Faculdade do Rei em Lower Manhattan.[66] O Stamp Act Congress se reuniu em Nova Iorque em outubro de 1765, assim como os Filhos da Liberdade se organizaram na cidade, escaramuçando durante os dez anos seguintes com as tropas britânicas estacionadas no país.[67]
Durante a Revolução Americana, a Batalha de Long Island, considerada a maior batalha ocorrida nessa guerra, foi travada em agosto 1776 inteiramente em terras atualmente ocupadas pelo borough do Brooklyn.[68] Após a batalha, em que os estadunidenses foram derrotados, deixando subsequentes batalhas menores seguirem o mesmo rumo, a cidade tornou-se a base militar e política britânica de suas operações na América do Norte. A cidade foi um refúgio para lealistas até o fim da guerra em 1783. A única tentativa de uma solução pacífica para a guerra aconteceu no Casa de Conferência em Staten Island entre os delegados estadunidenses, incluindo Benjamin Franklin, e o general britânico Lord Howe, em 11 de setembro de 1776. Logo após o início da ocupação britânica, ocorreu o Grande Incêndio de Nova Iorque, uma conflagração de grande porte que destruiu cerca de um quarto dos edifícios na cidade, incluindo a Igreja da Trindade.[69]
No século XIX, a cidade foi transformada pela imigração e pelo desenvolvimento.[71] Uma proposta visionária de desenvolvimento, o Plano dos Comissários de 1811, expandiu a "grade de ruas" por toda Manhattan e a abertura do Canal de Erie em 1819, ligando o Atlântico aos vastos mercados agrícolas do interior norte-americano.[72] A política local caiu sob o domínio do Tammany Hall, uma máquina política apoiada por imigrantes irlandeses.[73] Várias proeminentes figuras literárias estadunidenses viveram em Nova Iorque durante os anos 1830 e 1840, incluindo William Cullen Bryant, Washington Irving, Herman Melville, Rufus Wilmot Griswold, John Keese, Nathaniel Parker Willis e Edgar Allan Poe. Membros da velha aristocracia comerciante fizeram lobby para a criação do Central Park, que se tornou o primeiro parque ajardinado numa cidade estadunidense em 1857. Uma significante população negra livre também existia em Manhattan e no Brooklyn. Escravos existiam em Nova Iorque em 1827, mas durante os anos 1830, Nova Iorque tornou-se um centro do ativismo abolicionista interracial no Norte. A população negra de Nova Iorque era de mais de 16 000 pessoas em 1840.[74] A Grande Fome Irlandesa trouxe um grande influxo de imigrantes irlandeses e, em 1860, um em cada quatro nova-iorquinos - mais de 200 000 pessoas - havia nascido na Irlanda.[75]
A revolta durante o recrutamento militar durante a Guerra Civil Americana (1861-1865) levou aos motins de 1863, um dos piores incidentes de distúrbios civis na história americana.[76]
Em 1911, o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, o pior desastre industrial da cidade até os ataques de 11 de setembro de 2001 ao World Trade Center, tirou a vida de 146 trabalhadores e estimulou o crescimento da União Internacional das Damas Trabalhadoras de Vestuário e grandes melhorias nos padrões de segurança das fábricas.[79]
A população não-branca de Nova Iorque era de 36 620 pessoas em 1890.[80] Na década de 1920, a cidade era um destino privilegiado para afro-americanos durante a Grande Migração do sul estadunidense. Em 1916, Nova Iorque era o lar da maior população urbana da diáspora africana na América do Norte. O renascimento de Harlem floresceu durante a era da Lei Seca, coincidente com uma maior boom econômico que viu o horizonte se desenvolver com a construção de arranha-céus.
Nova Iorque se tornou a área urbanizada mais populosa do mundo em 1920, ultrapassando Londres, e sua região metropolitana ultrapassou a marca de 10 milhões em 1930, tornando-se a primeira megacidade da história humana.[81] Os anos difíceis da Grande Depressão viram a eleição do reformista Fiorello La Guardia como prefeito e a queda do Tammany Hall, após 80 anos de domínio político.[82]

O voo 175 da United Airlines atinge a Torre Sul do World Trade Center na manhã dos ataques de 11 de setembro de 2001.
Na década de 1960, a cidade começou a sofrer de problemas econômicos e com índices de criminalidade em ascensão. Embora o ressurgimento da indústria financeira tenha melhorado muito a saúde econômica da cidade na década de 1980, a taxa de crimes de Nova Iorque continuou a subir fortemente até o início da década de 1990.[84] Nos anos 1990, os índices de criminalidade começaram a cair dramaticamente devido ao aumento da presença policial e da gentrificação e muitas novas ondas de imigrantes chegaram da Ásia e da América Latina. Importantes setores novos, como o Silicon Alley, surgiram na economia da cidade e a população de Nova Iorque alcançou o seu maior número da história no censo de 2000.
A cidade foi um dos locais atingidos durante os ataques de 11 de setembro de 2001, quando cerca de 3000 pessoas morreram na destruição do World Trade Center.[85] No lugar das torres destruídas, em 3 de novembro de 2014 foi inaugurado o novo One World Trade Center que com o World Trade Center Memorial Museum (inaugurado em setembro de 2012); outras três novas torres de escritórios e um centro de transporte modernizarão a Lower Manhattan e modificarão o skyline de Nova Iorque.[86]
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